No próximo dia 7 de setembro, quarta-feira, ocorrerá o “28º Grito dos Excluídos e das Excluídas”, este ano com o tema “Brasil: 200 anos de (in)dependência. Para quem?”.
O Grito dos Excluídos trata-se de um conjunto de manifestações populares que ocorrem ao redor do Brasil, ao longo da Semana da Pátria. Essas manifestações integram pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos, tendo como objetivo denunciar os mecanismos sociais de exclusão e propor caminhos alternativos para a construção de uma sociedade inclusiva.
A articulação se constrói a partir da base, a partir de pessoas diretamente envolvidas pelas lutas populares por direitos, de forma ecumênica e coletiva. Atualmente sua Coordenação Nacional conta com: a Comissão 8 da CNBB; Movimentos dos Atingidos por Barragens (MAB); Cáritas Brasileira (CB); Central dos Movimentos Populares (CMP), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Pastoral Operária (PO); Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM); Romaria dos/das Trabalhadores/as; Comissão Pastoral da Terra (CPT), Rede Jubileu Sul Brasil, Juventude Operária Católica (JOC); Pastoral Afro Brasileira (PAB); Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST); Pastoral da Mulher Marginalizada (PMM); Rede Rua; Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP); Pastoral da Juventude (PJ); Pastoral Carcerária (PCR); e Ação Social Franciscana (SEFRAS).
História
A proposta surgiu em 1994, a partir da 2ª Semana Social Brasileira da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, que se inspirou no lema da Campanha da Fraternidade de 1995: A fraternidade e os excluídos. A ideia de realizar as manifestações próximas à data de 7 de setembro, dia em que se comemora a independência do Brasil, foi fazer um contraponto ao Grito da Independência.
O Grito busca questionar os padrões da independência do povo brasileiro, assim como contribui para a reflexão sobre como construir um Brasil melhor e mais justo para todos os cidadãos e cidadãs, funcionando também como espaço de denúncias sobre as mais variadas formas de exclusão. Ainda, para a articulação, trata-se de uma ótima data para a reflexão sobre a soberania nacional. O Grito propõe-se a superar o patriotismo passivo e colaborar para a construção de uma nova sociedade justa, solidária, plural e fraterna.
O Grito de 2022
Este ano em especial há a comemoração dos 200 anos da independência do Brasil, e essa data chega em meio a um importante ano de eleição. Assim surge o tema deste ano: “Brasil: 200 anos de (in)dependência. Para quem?
De acordo com o jornal do Grito, o aniversário do poder antidemocrático somado às eleições que definirão os rumos do Brasil para os próximos anos “é uma oportunidade para refletirmos e mudarmos esses rumos, elegendo candidatos e candidatas comprometidos com a vida e com os direitos da população, sobretudo os menos favorecidos”. Para isso, a articulação visou atingir seus objetivos atuando diretamente em questões de violência estrutural; dívida pública, dívidas sociais e direitos humanos; educação popular e trabalho de base; soberania alimentar, agricultura familiar e combate ao agronegócio; terra, teto e trabalho; democracia participativa e democracia representativa; e defesa dos territórios.
As manifestações do Grito ocorrerão no dia 7 de setembro em Roraima, Ceará, Alagoas, Piauí, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e em São Paulo.
Na capital paulista, o ato ocorrerá na Praça da Sé às 9h da manhã e contará com a participação do Sefras.
O SEFRAS
O Sefras é uma organização humanitária que luta todos os dias no combate à fome, a violações de direitos e inserção econômica e social de populações extremamente vulneráveis: pessoas em situação de rua, crianças pobres, imigrantes e refugiados, idosos sozinhos e pessoas acometidas pela hanseníase.
Guiados pelos valores franciscanos de Acolher, Cuidar e Defender, atua pelo Brasil atendendo mais de 4 mil pessoas todos os dias. São serviços diários que promovem apoio social e jurídico para população em situação de rua, acolhimento e inclusão social de imigrantes, contraturno escolar para crianças e adolescentes, convivência e proteção de idosos, além de ações de defesa dos direitos e melhoria de políticas públicas voltadas a esses grupos.
Para ajudar quem tem fome na cidade de São Paulo e do Rio de Janeiro, o Sefras atua distribuindo mais de 2 mil refeições diariamente, além de distribuir cestas básicas, itens de higiene e cobertores e roupas de frio.
Faça parte dessa corrente de solidariedade doando itens , em São Paulo, no Chá do Padre na Rua Riachuelo, 268 – Centro. Tel: (11) 3105-1623 e no Rio de Janeiro na Tenda Franciscana no Largo da Carioca, s/ n, Centro.
Você também pode doar qualquer quantia pelo nosso site ou pelo pix: sefras@sefras.org.br.
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