A vida é o bem maior. Esta premissa vital parece não ecoar mais com sua intensidade de força revolucionária. Pois, chegamos a mais de 450 mil mortes por Covid-19 no Brasil. E, não podemos apenas considerar este acontecimento como um número ou um dado a mais.
Neste contexto trágico, a pandemia trouxe para nós, a urgência de cuidar e defender a vida acima de tudo, não através das palavras, mas, de ações transformadoras e efetivas no dia-a-dia. Que parte do campo pessoal, a importância de valores e atitudes de altruísmo, solidariedade e respeito mútuo.
Não podemos assumir uma postura passiva de mero espectadores, que assistem dados, fatos e índices de fatos naturalizados. Temos que assumir a gravidade e exigir que o Estado, a sociedade e as famílias assumam seus compromissos com a vida diante de suas devidas responsabilidades.
No âmbito do que chamamos de “políticas públicas”, deflagramos que a falta ou precarização de serviços essenciais como moradia, educação, assistência social e saúde aumentam ainda mais os riscos e os índices de impacto negativo e fatal da pandemia.
Somos um país com profunda desigualdade social!
E cabe à sociedade civil o desafio de articular ações de mobilização e incidência política no compromisso com o bem maior, a vida. Ao Estado promover de forma massiva, rápida e organizada o acesso a imunização da população e ao mesmo tempo fortalecer ações de prevenção, que resultam em medidas de acesso qualificado em leitos e distribuição de itens higiênicos, ações para fortalecer respostas da educação, saúde e moradia.
O acesso ao auxílio emergencial básico, que atualmente chega atrasado e pouco menos de 300 reais, o que não atende a demanda da maioria da população brasileira que está em situação de miséria.
O Orçamento Federal aprovado nas últimas semanas, não responde às demandas causadas pela pandemia e deve ser revisto imediatamente. Porque o cenário tende a ser pior e o impacto da pandemia gigantesco. O recurso público deve ser entendido como investimento e não como mero gasto!
Um país que não investe em políticas públicas essenciais é fadado à miséria e injustiça com todas as formas de vida.
Nossa memória e respeito às mais de 450 mil vidas ceifadas pela pandemia.
Nós como parte desta CASA COMUM, nos indignamos e sentimos a dor de forma singular. Como diz o papa “em tempos de dores de parto” que nenhuma vida seja esquecida. Seguimos na construção em que o inegociável seja a preservação da vida.
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