O SEFRAS foi premiado mais uma vez com Selo Municipal de Direitos Humanos e Diversidade, concedido pela Secretaria municipal de Direitos Humanos e Cidadania, em cerimônia realizada dia 29 de outubro, no Museu do Futebol, em São Paulo.
Neste ano, o reconhecimento foi dado pelo programa de resposta à emergência do SEFRAS, Ação e Solidariedade Franciscana que, durante a pandemia no ano de 2020, atendeu a mais de 1 milhão de pessoas.
Baseado no Plano de Enfrentamento à Covid-19 da organização, a equipe técnica criou estratégias e soluções imediatas a problemas urgentes a partir dos serviços do SEFRAS.
“Jamais fecharemos nossas portas para quem precisa”. A frase ressoou como um mantra nos espaços da
organização, engajando trabalhadores, voluntários, parceiros, doadores, gestores públicos e outras organizações sociais a se unirem aos franciscanos na defesa dos mais vulneráveis aos impactos da pandemia. E assim foi feito.
“Foi um trabalho de combate à fome, ao vírus e ao frio, mas também um trabalho de solidariedade, humanitário e pelo respeito a cada pessoa. Uma ação que defendeu quem mais precisava na época, a população em situação de rua, especialmente mulheres, cis e trans, e crianças, que são ainda mais vulneráveis,” agradece o gestor de Desenvolvimento Institucional do SEFRAS, Rodrigo Zavala.
A Ação
No dia 19 de março, poucos dias após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar a pandemia, o SEFRAS assumiu publicamente o compromisso de dar continuidade ao trabalho de atendimento às pessoas em seus serviços e expandir as atividades onde fossem necessárias. Seguindo medidas sanitárias, protegeria seus trabalhadores e as pessoas atendidas com o máximo de cuidado.
Nos dias seguintes ao começo da quarentena em São Paulo (27 de março) e devido à alta procura pelos equipamentos do SEFRAS, foi implementada a primeira Tenda Franciscana, no Largo São Francisco, em São Paulo. Com 200 metros quadrados, o espaço foi criado para receber doações, atendimento de saúde e higienização para a população de rua, formação de voluntários e, principalmente, alimentação à população de rua e desempregada do centro da capital.
A iniciativa uniu empresas, gestores públicos, doadores, ativistas, organizações e movimentos sociais para cuidar de quem não tinha o que comer ou mesmo como se prevenir da Covid-19. A tenda se tornou uma tecnologia social que, em junho, seria implementada no Largo da Carioca, no centro do Rio de Janeiro.
As tendas foram responsáveis por mais de 1,2 milhão de refeições doadas que, se monetizadas, custariam mais de R$ 12.600.000. Mais do que isso, as pessoas que passaram em nossas tendas foram acolhidas com uma refeição franciscana balanceada com, no mínimo, 500g de proteína, carboidratos, legumes e verduras.
Em São Paulo, devido ao aumento de famílias em situação de rua, o SEFRAS montou a Casa Franciscana, no bairro do Glicério, onde foram oferecidas 600 refeições diárias, além de atendimento social a esse grupo.
Além da população de rua
Paralelamente às iniciativas de alimentação de pessoas em situação de rua e desempregadas – afinal, quase 40% das pessoas que estavam na fila tinham onde morar, só não tinham como se alimentar -, a organização iniciou um trabalho de distribuição de cestas básicas. Durante o ano, foram 33.217, que contribuíram para a alimentação de mais de 6 mil famílias do entorno dos serviços do SEFRAS junto a ocupações, comunidades vulneráveis e paróquias.
Ação em números
Total de marmitas da Tenda de São Paulo: 1.165.600
Número de refeições diárias durante o pico da emergência: 5.600
Total de marmitas da Tenda do Rio de Janeiro: 84.400
Total de cestas básicas: 33.217 (doadas a comunidades do entorno dos serviços do SEFRAS: Aldeia Guaranis do Jaraguá, 6 ocupações, 4 redes comunitárias, 11 igrejas e pastorais e 6 organizações sociais.
Total de horas de voluntariado: 14.320
Histórico de reconhecimento
O SEFRAS já foi reconhecido em outras duas edições da premiação: em 2020, com o projeto “Respeita as minas”, realizado no SEFRAS Peri, que contou com incríveis espaços educativos com o objetivo de fortalecer os vínculos entre as meninas e animá-las para se reconhecerem enquanto coletividade. As rodas ainda contaram com espaço de escuta e de reflexões no que tange a luta e resistência contra a violência de gênero.
No ano de 2018 a premiação se deu pelas ações promivadas no SEFRAS Recifran, junto com a população em situação de rua.No projeto são atendidos cerca de 60 participantes que passam por ações formativas e de inclusão produtiva, proporcionando a inserção no mercado de trabalho e construção de sua autonomia.
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