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Católicos apoiam o sínodo da Amazônia

Sete em cada dez católicos brasileiros consideram muito importante preservar a Amazônia, 85% concordam que “atacar a Amazônia é um pecado” e 87% dos católicos disseram confiar no Papa Francisco. Esses números estão na pesquisa feita pelo instituto Ideia Big Data para avaliar a posição dos fiéis sobre políticas para a região por ocasião do Sínodo dos Bispos para a Amazônia, convocado pelo Papa Francisco. A pesquisa foi apresentada oficialmente nesta segunda-feira, 7 de outubro, exatamente no início dos trabalhos sinodais.

Para comentar todos os dados dessa pesquisa, que teve o apoio de entidades como as ONGs WWF-Brasil, Instituto Clima e Sociedade (iCS), Movimento Católico Global pelo Clima (GCCM), Climainfo, Iser e Uma Gota no Oceano, foi realizado o debate “Diálogos do Sínodo”, no Espaço Cívico, em Pinheiros, com lideranças católicas de todo o país: Frei José Francisco dos Santos, coordenador do Serviço Franciscano de Solidariedade (Sefras); Isabela Oliveira Kalil, professora e antropóloga da FESPSP; o jornalista José Maria Mayrink; Benedito de Queiroz Alcântara, da Rede Eclesial Pan-Amazônica/REPAM-Brasil; Sônia Gomes de Oliveira, presidente do Conselho Nacional de Leigos do Brasil – CNLB; e Gabriela Yamaguchi, diretora de comunicação e engajamento da WWF.

A pesquisa ouviu 1.502 católicos em todo o Brasil no início de junho. Apesar de feita quase dois meses antes da crise internacional que se formou por causa das críticas do governo federal aos dados que mostravam alta no desmatamento e em decorrência do aumento das queimadas na região, a consulta mostrou que 29% dos católicos consideram a atuação do presidente nessa área como péssima e 12% como ruim. Outros 30% avaliam como regular e 22% como ótima ou boa.

Para Frei José Francisco, não dá para falar do Sínodo sem situar o Pontificado de Francisco em um campo mais amplo. “O Papa Francisco, com a Laudato Si’, coloca a criação no centro da evangelização e muda o jeito de pensar e ser Igreja. E aí traz consequências muito grandes, porque começa a mexer em toda a estrutura que tradicionalmente estava acomodada. Mostra um jeito de pensar a evangelização e organizar as pessoas. O Sínodo é uma expressão desse jeito novo de pensar e ser”, acredita o frade coordenador do SEFRAS.

Para Frei José, o Papa busca um pouco desse aspecto franciscano dado por Francisco de Assis ao sonhar com uma Fraternidade Universal. “Ele se torna uma resposta significativa para os nossos dias, que agora tem que olhar para o todo. Tudo está interligado. Não dá para pensar o ser humano isolado”, acrescentou, explicando que o Papa Francisco trabalha numa desverticalização da Igreja.

Enquanto Serviço Franciscano de Solidariedade acreditamos que o Sínodo da Amazônia é uma interpelação para refletirmos sobre a importância do cuidado com a casa comum e reafirmar o nosso compromisso para com os empobrecidos, que são as primeiras vítimas da degradação ambiental.

Confira a matéria na íntegra em: www.franciscanos.org.br

Texto: Moacir Beggo


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