Em defesa da pureza do trigo, elemento essencial da cultura cristã!
O Trigo, grão essencial do pão nosso de cada dia, presente nos ensinamentos de Jesus, na oração dos cristãos e no culto (Eucaristia) já não é puro faz tempo e essa situação pode piorar drasticamente.
No dia 10 de junho de 2021, a CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) pode aprovar a importação do trigo transgênico da Argentina para o Brasil. Isso significa que nosso pão e nossa hóstia consagrada podem se tornar ainda mais impuros, não apenas pela manipulação genética das sementes em sua essência, mas pela aprovação do uso intensivo de um dos agrotóxicos mais perigosos do mundo: o Glufosinato de Amônio. O trigo transgênico foi desenvolvido para ser resistente a este veneno, que já é proibido na União Europeia por danos comprovados à saúde humana.
Tal “produto” modificado foi liberado recentemente para plantio na Argentina, com a condição de que o Brasil aprove sua importação. Isso porque nosso país é o destino das exportações de mais de 50% do trigo argentino. Essa é uma situação inédita, que afeta a soberania dos países, enquanto poucas multinacionais lucram.
Se o trigo transgênico for aprovado no Brasil, não só os brasileiros, mas os argentinos — e países como a Indonésia, para onde vai 20% do trigo argentino — serão afetados. A aprovação também poderá abrir as portas para o plantio de trigo transgênico em outras partes do mundo, especialmente no Brasil.
Ou seja, uma pequena decisão que afeta a todos os brasileiros, como os demais cidadãos do mundo.
É preciso lembrar que todo agrotóxico utilizado no manejo agrícola é absorvido pelas plantas cultivadas. Logo, os grãos colhidos, sejam eles frescos, secos e refinados na forma de farinha, seja branca ou integral, vão conter altas doses deste defensivo (veneno) que ofendem sorrateiramente a saúde do organismo humano e a pureza energética desse alimento sagrado.
Outros efeitos nefastos importantes que acontecem como consequência do uso intenso e persistente de agrotóxicos nas lavouras, e temos nos isentado (até o momento) de uma consistente posição contrária é a poluição das águas, a matança de insetos polinizadores vitais como as abelhas, besouros, libélulas, borboletas e pequenos animais e aves; O adoecimento de trabalhadores rurais e habitantes das pequenas cidades e comunidades rurais circunvizinhas.
Existe toda uma mobilização científica humilde que vêm clamando persistentemente e sem grandes apoios pela proteção da saúde humana e da natureza. É meus irmãos, é chegado a hora. O Papa Francisco, em 2014, no encontro com representantes de movimentos populares de todo o mundo, pautou as questões sociais com o tema: terra, teto e trabalho. Quando o papa se reporta ao vocábulo “terra” ele está recorrendo à linguagem da milenar tradição judaico-cristã (base da cultura ocidental), da qual é um dos principais guardiães, para se posicionar diante das atuais questões sociais. Assim, terra quer dizer as todas as condições em que se encontram a produção, o acesso e a distribuição dos alimentos.
Antes disso, São João Paulo II debruçou-se, com interesse sempre maior, sobre este tema. Na sua primeira encíclica, advertiu que o ser humano parece «não dar-se conta de outros significados do seu ambiente natural, para além daqueles que servem somente para os fins de um uso ou consumo imediatos». Mais tarde, convidou a uma conversão ecológica global. Entretanto fazia notar o pouco empenho que se põe em «salvaguardar as condições morais de uma autêntica ecologia humana». A destruição do ambiente humano é um fato muito grave, porque, por um lado, Deus confiou o mundo ao ser humano e, por outro, a própria vida humana é um dom que deve ser protegido de várias formas de degradação.
Sentimos que é chegado o momento da comunidade cristã se posicionar e defender a sabedoria e sanidade dos corpos e dos processos componentes da nossa vida.
Há verdades que de tão sutis, são difíceis de perceber. Deveríamos estar mais atentos. Fomos avisados que orar e vigiar faz parte do trabalho cristão. Que o lobo, se apresentaria na pele do cordeiro. E que a ciência precisa da sabedoria para progredir na direção correta. É preciso salvaguardar a Criação e todas suas criaturas, além de contribuir para tornar o meio ambiente sano, como bem disse o Papa Francisco trazendo a nossa atenção em sua primeira Encíclica Papal Laudato Si.
O pão, o trigo, o sacramento sendo símbolos maiores da liturgia e espiritualidade cristã, que carregam todo sentido de conexão profunda com a vida e da vida em plenitude, não podem ser capturados por toda uma cadeia produtiva materialista que não implementa ações alinhada aos valores mais elevados. É preciso, observar a pureza dos ingredientes e processos intrínsecos a produção do nosso alimento, dos materiais sagrados utilizados no ritual da Eucaristia onde o próprio Cristo se faz presente em corpo e sangue. Corpus Christi, uma das datas mais importantes da liturgia cristã nos lembra a verdade da presença de Deus na comunhão durante cada santa missa. Estaria a Igreja isenta do consumo consciente e responsável de toda a Criação? Do trigo e do vinho? Não teríamos um papel a cumprir nessa batalha pela vida?
Além das razões espirituais e dos valores morais em torno da produção e processamento do trigo. A Campanha pela Vida, Contra os Agrotóxicos aponta mais 13 razões para se posicionar CONTRA a liberação do trigo geneticamente modificado no Brasil.
A Ciência tem plenas capacidades e é abençoada por Deus para desenvolver tecnologias que favoreçam a saúde e a regeneração de toda a Vida. O progresso humano autêntico possui um caráter moral e pressupõe o pleno respeito pela pessoa humana, mas deve prestar atenção também ao mundo natural e «ter em conta a natureza de cada ser e as ligações mútuas entre todos, num sistema ordenado». Assim, a capacidade do ser humano transformar a realidade deve desenvolver-se com base na doação originária das coisas por parte de Deus.
Superar os sistemas de exploração e morte, para propor novas formas de ser e estar no mundo, como uma Casa Comum, onde todos e todas são irmãos, irmãs e celebram a vida no seu modo significativo e necessário de produzir e consumir de forma justa e equitativa.
É certo que da forma como estamos procedendo, a vida se inviabilizará na Terra.
Portanto toda comunidade cristã deve abraçar a causa e se posicionar publicamente:
Trigo Transgênico: no Pão Nosso de Cada Dia, nos sacramentos cristãos, na nossa Hóstia Consagrada, não!
POR FAVOR IRMÃO, TOME UM TEMPO PARA REFLETIR SOBRE TUDO ISSO E CASO SEJA DO SEU INTERESSE EM SE APROFUNDAR MAIS SOBRE ESSA QUESTÃO E O QUE ESTÁ EM JOGO ACESSE O LINK ABAIXO: https://contraosagrotoxicos.org/trigo-transgenico-no-nosso-pao-nao/
Comments