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Mais de mil pessoas conquistam emprego pelo Sefras

  • Foto do escritor: Melissa Galdino
    Melissa Galdino
  • há 6 dias
  • 3 min de leitura

Um projeto, dois públicos: formação e recomeço nas casas do Sefras


No mês em que se celebra o Dia Internacional do Trabalho Decente (7 de outubro), o Sefras – Ação Social Franciscana reforça que a geração de renda e a inclusão produtiva são caminhos concretos para a dignidade humana e a busca por autonomia.


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Com o Projeto Recomeço, realizado em parceria com o Cepema (Central de Penas e Medidas Alternativas da Justiça Federal de São Paulo), e desenvolvido nos serviços Casa de Assis — que atende imigrantes e refugiados — e Casa Franciscana do Chá do Padre — voltado a pessoas em situação de rua —, a instituição já capacitou mais de 2.200 pessoas e viabilizou mais de mil inserções no mercado de trabalho em pouco mais de um ano.


Trabalho decente: mais que emprego, é dignidade


Criado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), o conceito de trabalho decente se baseia em quatro pilares: emprego produtivo, direitos, proteção social e diálogo social. No Sefras, essa ideia ganha um sentido ainda mais profundo: significa oportunidade de recomeçar a vida com autonomia, respeito e acolhimento.


“A atuação do Sefras neste momento nos traz a certeza de estarmos trabalhando em sintonia com nossa missão de acolher, cuidar e defender. Tanto a Casa Franciscana do Chá do Padre, quanto a Casa de Assis, que atende imigrantes e refugiados, não buscam apenas remediar situações de vulnerabilidade, mas criar condições reais de resgate da dignidade de cada participante e fortalecer sua condição de trabalhador ou trabalhadora em uma nova oportunidade no mercado de trabalho.” — Frei Marcos Estevam de Melo, conselheiro do Sefras.

Ao unir capacitação profissional, acompanhamento social e formação humana, o Sefras mostra que a promoção do trabalho decente é também uma forma de combater a pobreza, o preconceito e a exclusão social.


Casa de Assis: trabalho decente para imigrantes e refugiados


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Na Casa de Assis, o Recomeço já formou 1.629 pessoas, com 99% de conclusão e empregabilidade de 50%, o que representa cerca de 815 imigrantes e refugiados inseridos no mercado de trabalho. O tempo médio para contratação é de 45 dias após o curso. As formações mais procuradas são Técnicas de Limpeza, Camareira, Copeiro, Garçom e Porteiro.


Além da capacitação, o serviço oferece apoio documental, oficinas de integração cultural e encaminhamento a políticas públicas, garantindo que a formação se traduza em autonomia e estabilidade.

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 Os participantes são, em sua maioria, homens entre 21 e 50 anos, vindos de Angola, Congo e Marrocos, que encontram na formação profissional um caminho de pertencimento e reconstrução.


“O trabalho decente para imigrantes começa com o direito à documentação e ao aprendizado da língua. Só assim a formação se converte em autonomia e dignidade”, reforça a equipe do projeto.


Chá do Padre: inclusão produtiva e recomeço nas ruas


No serviço Chá do Padre, o projeto capacitou 153 pessoas em cursos profissionalizantes e outras 440 em grupos temáticos, totalizando 593 participantes. A estimativa é que pelo menos 240 pessoas tenham conquistado emprego, muitas ainda durante os cursos, impulsionadas pelas parcerias com o CATE e empresas como Guima Conseco, Sustentare, Embelleze e Lanchonete Anhangabaú.


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Os cursos de Auxiliar de Cozinha, Limpeza, Cabeleireiro, Barbearia e Maquiagem unem formação técnica e fortalecimento da autoestima, promovendo reintegração social e econômica.


 Entre os destaques, está o participante Giselio Vieira Dias, que se formou em Auxiliar de Cozinha, foi contratado pela Lanchonete Anhangabaú e hoje é voluntário para motivar novos alunos.


Trabalho decente é também cuidado

Para o Sefras, promover o trabalho decente é cuidar das pessoas em todas as dimensões: profissional, emocional e espiritual. Segundo Rosângela Pezoti, supervisora técnica do Sefras: “Acreditamos que o trabalho é um dos mecanismos que garantem autonomia às pessoas que atendemos. A formação profissional, o acompanhamento social e a inclusão em políticas públicas são fundamentais para uma autonomia sustentável — em que as pessoas possam viver com segurança e dignidade.” 

Os participantes não apenas aprendem uma profissão, mas também reconstroem o sentido da própria vida. O acompanhamento técnico e psicossocial garante que cada pessoa esteja pronta para enfrentar o mercado com confiança, autonomia e amparo.

Balanço do impacto social

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  • 2.222 pessoas capacitadas ou acompanhadas

  • 1.055 inseridas no mercado de trabalho

  • 47,5% de taxa média de empregabilidade

  • Tempo médio até o emprego: 45 dias

  • Mais de 30 turmas e 10 cursos oferecidos



 
 
 

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