Entre os dias 14 e 16 de novembro, Sefras - Ação Social Franciscana - participará da Cúpula dos Povos Frente ao G20, evento paralelo ao encontro do G20 no Rio de Janeiro. Sob o tema “Vida acima do Lucro: Povos e Natureza não estão à venda!”, o encontro é uma iniciativa de organizações da sociedade civil e movimentos sociais, que desde 2012 ocorre paralelamente às grandes conferências globais para ressaltar a agenda popular e o compromisso com as necessidades dos mais vulneráveis.
Este ano, o Sefras integra a Cúpula dos Povos para fortalecer a “agenda dos invisibilizados”, abordando temas essenciais para as pessoas em situação de rua, idosos, imigrantes e outros grupos em situação de vulnerabilidade. Nossa atuação busca pautar ações, resultados e demandas a partir de visões franciscanas, contribuindo para um espaço onde as vozes da sociedade civil ganhem destaque em contraponto aos interesses econômicos globais. O evento oferece uma oportunidade valiosa para reafirmarmos o compromisso com a justiça social e o cuidado com a Casa Comum.
Segundo a Talita Guimarães, do setor de incidência política do Sefras e presidente do Jubileu Sul: "O Sefras tem como compromisso mobilizar nossas agendas sob o grande guarda-chuva da 'Agenda dos Invisibilizados', trazendo nossas vozes e rostos para evidenciar nossas pautas. Estamos também mobilizados para participar a partir da nossa Casa Franciscana no Rio de Janeiro, onde tanto participantes quanto trabalhadores se organizaram para estar presentes nas atividades da Cúpula dos Povos e na grande marcha que ocorrerá no dia 16," afirma Talita, destacando o empenho da organização em fortalecer a presença das causas mais vulneráveis no cenário global.”
O Sefras se integra a essas ações com o objetivo de demonstrar os caminhos que estamos trilhando em direção ao cuidado com a Casa Comum, reforçando nosso compromisso com a sustentabilidade e a dignidade dos mais vulneráveis.
Esse engajamento também é uma preparação para a COP30, onde aprofundaremos nossa atuação junto às pautas ambientais e sociais que impactam diretamente as populações em situação de risco.
Veja como será agenda da Cúpula
No dia 14, ocorrerá o encontro da Cúpula dos Povos durante todo o dia, com atividades autogestionadas que incluirão uma intervenção conduzida por Frei Marx. No dia 15, as atividades continuam com o Tribunal dos Povos, colocando o imperialismo “no banco dos réus”. No último dia, 16, os movimentos sociais e populares realizarão uma marcha nas ruas do Rio de Janeiro, encerrando com um ato que contará com a presença do presidente Lula e do presidente da África do Sul.
O que é o G20 e a Cúpula dos Povos
O G20 é um grupo formado pelas principais economias do mundo, incluindo países desenvolvidos e emergentes, que se reúne anualmente para discutir temas econômicos, sociais e ambientais globais, como combate à fome, mudanças climáticas e regulamentações financeiras. Neste ano, o Brasil assumiu a presidência do G20, promovendo o tema “Construindo um Mundo Justo e um Planeta Sustentável”, com ênfase em inclusão social, combate às desigualdades e transição energética.
A Cúpula dos Povos é uma mobilização de organizações da sociedade civil e movimentos populares que acontece paralelamente ao G20 desde 2012. Este espaço independente busca representar as demandas da sociedade frente às grandes potências, questionando soluções globais que muitas vezes atendem aos interesses do mercado e deixam de lado as necessidades das populações mais vulneráveis e do meio ambiente. Em 2024, a Cúpula dos Povos se organiza para reafirmar que “Povos e Natureza não estão à venda”, defendendo a dignidade humana e o cuidado com a Casa Comum.
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