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SEFRAS celebra Dia Internacional da Mulher


No dia 8 de Março, os serviços do SEFRAS de São Paulo se reuniram para celebrar o Dia Internacional da Mulher. Com o tema “Mulheres que lutam”, os serviços trouxeram a história de mulheres que fizeram e fazem a diferença com suas lutas cotidianas. Foram lembradas:

Clara de Assis – mulher corajosa e apaixonada, entusiasmou-se com o ideal franciscano e rompeu com sociedade de sua época para viver sua vocação.

Maha Mamo – Ativista dos direitos dos apátridas, nasceu no Líbano e teve seu registro negado por questões religiosas. Com sua família, solicitou refúgio em 190 países, sendo concedida a cidadania brasileira em 2018.

Catherine Flon – Símbolo da resistência da Revolução e Independência do Haiti, é lembrada por costurar a primeira bandeira do Haiti.

Sabrina Bittencourt – Militante e uma das criadoras do movimento COAME que combate abusos no meio espiritual através da denúncia de líderes espirituais que cometem abusos e violência.

Nise de Oliveira – Psiquiatra, dedicou sua vida à humanização do tratamento psiquiátrico no Brasil, combatendo as formas agressivas de tratamento.

Nena – liderança política do Jardim Peri Alto, na zona norte de São Paulo, dedica sua vida à conquista de melhores condições de vida para a comunidade, especialmente para as famílias que lutam pelo direito à moradia.

Assata Shakur – ativista do Partido dos Panteras Negras e do Exército para Libertação dos Negros, foi condenada à prisão perpétua.

Também se lembrou que, apesar de tantas conquistas nas últimas décadas, ainda ocorrem muitas violências contra as mulheres e desigualdades de todas as formas. Neste ano, especialmente, tem merecido destaque a violência que vem assassinando centenas de mulheres pelo Brasil.

Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Público, nos últimos 12 meses, 1,6 milhão de mulheres foram espancadas ou sofreram tentativa de estrangulamento no Brasil, enquanto 22 milhões (37,1%) de brasileiras passaram por algum tipo de assédio. Dentro de casa, a situação não foi necessariamente melhor. Entre os casos de violência, 42% ocorreram no ambiente doméstico. Após sofrer uma violência, mais da metade das mulheres (52%) não denunciou o agressor ou procurou ajuda. Segundo dados da Agência Patrícia Galvão:

  1. 9 mulheres foram vítimas de agressão por minuto em 2018;

  2. Registros de estupro aumentaram 10,3% no estado de São Paulo em 2017;

  3. 1 mulher é vítima de estupro a cada minuto no Brasil;

  4. 3 mulheres são vítimas de feminicidio a cada 3 dias;

  5. 1 mulher registra agressão a cada 2 minutos sob a Lei Maria da Penha.

Refletiu-se que é preciso romper com a cultura que vem matando de várias formas as mulheres no Brasil. Uma cultura que atinge mulheres de todas as idades: crianças, adolescentes, adultas e idosas. É preciso denunciar as violências nas Delegacias da Mulher ou pelo Serviço do Disque Denúncia 180. É preciso apoiar as mulheres que sofrem violência a romperem com o ciclo que as escraviza e as imobilizam na retomada de suas vidas.

É preciso construir políticas públicas de proteção e fortalecimento das mulheres. E, é preciso, principalmente, romper com a cultura que subalterniza a mulher nas várias dimensões da vida social. Para encerrar o encontro, foram confeccionados estandartes com a imagem das mulheres homenageadas que foram levados para a mobilização do 8M que ocupou as ruas na cidade de São Paulo. Confira imagens da atividade:

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