Sefras participa do 31º Grito dos Excluídos e reforça a luta pelo cuidado com a Casa Comum
- Melissa Galdino
- 8 de set.
- 2 min de leitura
Atualizado: 9 de set.
Com um tema inspirado em São Francisco, o Sefras levou às ruas de São Paulo e Rio de Janeiro a voz dos excluídos, unindo fé, justiça social e defesa da democracia

No último 7 de setembro, Sefras - Ação Social Franciscana - esteve presente no 31º Grito dos Excluídos e Excluídas, que neste ano trouxe como tema “Cuidar da Casa Comum e da Democracia é Luta de Todo Dia”. A mobilização, criada em 1994 pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), se consolidou como espaço de denúncia e resistência, reunindo movimentos sociais, organizações populares e trabalhadores em todo o país.
As casas do Sefras estiveram presentes nas regiões centrais de São Paulo e do Rio de Janeiro, levando às ruas suas pautas e bandeiras. A Casas de Assis realizou uma apresentação musical com os próprios participantes, unindo arte e voz política. A Casa de Clara, o Chá do Padre e o Recifran levaram placas confeccionadas coletivamente que denunciaram diferentes formas de exclusão ainda tão vivas na sociedade: o direito negado ao voto para migrantes e imigrantes, o preconceito persistente contra pessoas atingidas pela hanseníase, a violência e criminalização contra a população em situação de rua e a invisibilidade que marca a vida das pessoas idosas.

Segundo Nathalia Braz, coordenadora da Casa de Alice, o Grito é também um espaço de esperança. “O Grito dos Excluídos e Excluídas nasceu com a missão de dar protagonismo a quem sempre foi silenciado. Estar na rua neste 7 de setembro é reafirmar que não renunciamos à luta. Somos chamados a ressignificar nossas prioridades enquanto sociedade, a lembrar que somos parte da natureza e que não há democracia possível sem justiça social. O Grito é um espaço de resistência, mas também de esperança: nele ecoam as vozes das periferias, da juventude, das pessoas negras, indígenas, migrantes, em situação de rua e de todas aquelas violentamente invisibilizadas.”
O tema de 2025 dialoga diretamente com a espiritualidade franciscana, que há 800 anos São Francisco já anunciava ao convidar à fraternidade com todas as criaturas e ao cuidado com a Terra como mãe e irmã. Para o Sefras, “cuidar da Casa Comum” é inseparável do compromisso em defender a democracia, pois sem participação popular, justiça social e preservação da vida não há futuro possível.

Ao lado de outras organizações e movimentos sociais, o Sefras reafirma sua missão: ser presença ativa nas lutas que garantem dignidade a quem é constantemente excluído e invisibilizado, mantendo vivo o chamado de São Francisco para que toda vida seja respeitada e protegida.
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