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Casa Franciscana comemora cinco anos de resistĂȘncia e cuidado

  • Foto do escritor: Melissa Galdino
    Melissa Galdino
  • 25 de abr.
  • 2 min de leitura

Com um cafĂ© da manhĂŁ especial, bolo de quase cinco metros e muita emoção, a Casa Franciscana do Cambuci comemorou este mĂȘs seus cinco anos de portas abertas, coraçÔes escancarados e compromisso diĂĄrio com quem mais precisa. O tema da festa, “5 anos de resistĂȘncia”, nĂŁo poderia ser mais apropriado para um espaço que nasceu em meio Ă  pandemia de covid-19 e, desde entĂŁo, tornou-se referĂȘncia de cuidado, dignidade e reconstrução de vidas.



“A escolha do tema foi muito simbĂłlica para nĂłs. A Casa surgiu em um momento crĂ­tico da nossa histĂłria recente, quando o mundo parava e os mais vulnerĂĄveis ficavam ainda mais invisĂ­veis. A gente nasceu da urgĂȘncia, mas se firmou na esperança”, disse emocionada a coordenadora Priscila Ramos durante a celebração.


Em cinco anos de atuação, a Casa Franciscana do Cambuci atendeu, em média, 400 pessoas por dia, somando mais de 24 mil pessoas acolhidas ao longo desse tempo. Além disso, jå foram servidas mais de 1,2 milhão de refeiçÔes, um dado que revela o tamanho do impacto desse trabalho, feito com dedicação, cuidado e solidariedade.



Para Frei Marcos de Melo, conselheiro do Sefras, o espĂ­rito de SĂŁo Francisco de Assis segue vivo ali. “Francisco sempre caminhou ao lado dos excluĂ­dos do seu tempo. A Casa Franciscana do Cambuci Ă© esse reflexo hoje: presença viva, fraterna e corajosa no meio da cidade, onde hĂĄ sofrimento, mas tambĂ©m muita potĂȘncia.”


A programação da festa foi intensa e afetiva: alĂ©m do cafĂ© da manhĂŁ com bolo e parabĂ©ns, houve a entrega de certificados para a primeira turma do curso de barbeiro – fruto do projeto de formação profissional oferecido na Casa. A celebração tambĂ©m contou com uma mĂ­stica de abertura, a reinauguração da biblioteca comunitĂĄria, almoço coletivo e o inĂ­cio de um baile de mĂșsica.



E Ă© justamente essa presença que faz a diferença na vida de pessoas como para um dos participante da Casa. “Pra quem vive na rua ou em vulnerabilidade como eu, esse lugar Ă© como um lar. A gente encontra acolhida, respeito e convivĂȘncia. Aqui Ă© onde eu posso respirar e me sentir gente de novo.”


Cinco anos se passaram e, com eles, a certeza de que resistĂȘncia tambĂ©m Ă© ternura, que cuidado Ă© revolução e que cada refeição servida, cada conversa escutada, cada sorriso devolvido, Ă© uma semente plantada num solo de dignidade.


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